Assisto religiosamente à novela das nove, por diversos fatores e, um deles, é porque escrevo sobre o assunto, claro. Mas também, se fosse diferente, assistiria somente porque adoro uma trama e em especial as do horário nobre. Mesmo com as nítidas dificuldades enfrentadas por “Em família” – seu início confuso e o ritmo muitas vezes lento - , a história caminha para para suas últimas semanas de exibição e, nesta reta final, começou a esquentar mais.

A essa altura do campeonato, outro ponto que destaco é que anda ficando mais claro que Chica, personagem da Natália do Vale – uma mãe atenciosa, preocupada, que não abre mão da sua felicidade nem da dos que estão ao seu redor, que carrega os problemas de todos (filho, irmã, sobrinho, neta) sempre com uma leveza e sábia autoridade, se permitindo, mesmo no meio do caos, nunca esquecer de si-, conquistou com muito mais legitimidade o tom de ”heroína dos tempos modernos”, personalidade clássica nos trabalhos de Manoel Carlos, e que sempre é oferecida a uma personagem de nome Helena. Na trama atual, entretanto, é Julia Lemmertz que assume a missão de protagonista.
Verdade seja dita: Julia é uma das grandes atrizes da sua geração, mas seu papel foi apagado por uma história pessoal fraca e que a transformou mais em vítima que em heroína.
Fonte: Observatório Feminino
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