Juliana Araripe e Camila Raffanti falam sobre Chica e Selma

Superamigas fora da TV, atrizes interpretam as irmãs Chica e Selma

Juliana Araripe e Camila Raffanti comemoram a parceria em cena e comentam responsabilidade de anteceder Ana Beatriz Nogueira e Natália do Vale

Trabalhar ao lado de um grande amigo é, sem dúvida, razão de felicidade. E esse é exatamente o sentimento das atrizes Camila Raffanti e Juliana Araripe, intérpretes das irmãs Selma e Chica, respectivamente, nas duas primeiras fases de Em Família. Amigas de longa data, as duas já contracenaram no teatro e estreiam juntas em novelas na trama de Manoel Carlos.

"Quando a gente soube que ia fazer irmãs, falei: ‘Piada de Deus, né?’. Foi muito esperto  porque já temos uma química muito grande", diz Juliana, rindo. Camila também é só elogios à amiga. "É maravilhoso porque temos uma história juntas, a qualidade de interação já é muito trabalhada", define.

Muito unidas na trama, apesar de terem temperamentos diferentes, as irmãs defendem seus filhos com unhas e dentes e isso vai ter fortes consequências quando uma tragédia acontecer na família. "A Selma é uma mãe passional, totalmente leoa no sentido de defender o filho, e esse sentimento vem como um tsunami que ela não controla, leva ao extremo", diz Camila, que interpreta a mãe de Laerte(Guilherme Leicam), primo e namorado de Helena (Bruna Marquezine).

Bem mais permissiva e compreensiva com a filha do que a irmã, Chica vive para a família, principalmente para os três filhos. E Juliana revela se reconhecer nesta característica. "Eu me identifico porque quando a mulher vira mãe ela pode ser várias mulheres, mas ela nunca deixa de ser mãe. E a Chica representa isso. Ela é mãe e obviamente coloca todas as outras coisas em segundo plano", define a atriz, também mãe de uma menina de 9 anos.

Após as duas primeiras fases, as duas darão lugar a Ana Beatriz Nogueira, no papel de Selma, e Natália do Vale, interpretando Chica. Felizes com a responsabilidade de passar o bastão para as veteranas, as duas não escondem uma pitadinha de apreensão. "A gente está ralando para tentar entregar direitinho para elas (risos). A Ana Beatriz é sensacional, fizemos algumas leituras juntas e ela traz nuances, mudanças de tom para uma fala, uma riqueza", diz Camila. Juliana revela que ficou "babando" durante as leituras com Natália do Vale. "Fiquei tentando fazer um pouquinho do que ela faz. Não vou chegar aos pés, acho ela incrível", diz, modesta.

Fortes amizades costumam agradar ao público. Será que vai ser o caso das irmãs? Elas apostam todas as fichas que sim. "Toda as reações das personagens são embasadas em sentimentos, então acho que não tem como julgar", defende Juliana. Camila, faz coro. "Acho que todo mundo vai conseguir se identificar. A dramaturgia do Manoel Carlos é genial porque a vida é ambígua. Onde tem uma verdade sempre tem uma outra oposta. A gente lida a vida inteira com ambiguidade. Quem é que tem razão? São questões muito humanas levadas ao extremo por uma história muito intensa", finaliza.