“Galã é o termo dado a um ator ou personagem que se destaca por sua beleza física, boa aparência, atitudes, inteligência, coragem e habilidades românticas”. O Wikipédia, site que funciona como uma enciclopédia livre na internet, define assim o que é galã e dá como exemplo palpável Tony Ramos. Quem é fã de telenovela no Brasil há de concordar: o ator reúne várias dessas características e é um dos heróis românticos mais queridos pelo público. Não à toa, a grande maioria dos seus papéis na TV se encaixa no perfil do bom moço, sonho de consumo das mocinhas das tramas e, consequentemente, de suas telespectadoras.
— Quando novinhos, na TV Tupi, éramos assediados, mas de maneira tranquila. Ser galã, naquela época, era considerado pejorativo (o ator que se garantia pela beleza, e não pelo talento). Mas Tony nunca cedeu aos encantos das fãs mais atiradas, sempre foi de temperamento reservado — lembra o ator Paulo Figueiredo, de 73 anos, amigo do homenageado há 36.
Tony, que se casou cedo, aos 20, reafirma que deslumbramento com fama e elogios não é com ele:
— Jamais respondi a uma carta de fã. Simplesmente porque não gosto de alimentar algo impessoal. Fico feliz com o carinho, curto a notoriedade, sei que é normal causar burburinho em espaços públicos. Dou autógrafo, poso para fotos, não há problema nisso. Mas minha vida particular, em família, é outra história.
A sucessão de galãs em sua trajetória artística teve início ainda na Tupi, quando transitava da adolescência para a vida adulta. “Os amores de Bob”, novela exibida na emissora paulista em 1968, narrava as conquistas amorosas do protagonista, vivido por Tony. Décadas depois, mesmo com a mudança de tônus muscular e o surgimento dos cabelos e barbas grisalhos — como nas épocas de “O sorriso do lagarto” e “Laços de família” —, o ator manteve o status de sedutor. E, como tal, foi frequentemente assistido em cenas ousadas com as mais belas atrizes.
Elizabeth Savala (“O astro” e “Pai herói”), Natália do Vale (“Baila comigo”, “Olho no olho” e “A próxima vítima”) e Gloria Pires (“Belíssima” e “Paraíso tropical”) estão entre as mulheres que mais fizeram dupla com Tony. Mas o par romântico mais constante na telinha foi Maitê Proença, que esteve a seu lado em “O sorriso do lagarto”, “Felicidade”, “Torre de Babel” e na série “A vida como ela é”.
— Em “Torre”, ele tirou a camisa para proteger meus seios nus do olhar da câmera durante um enlace. Aí, o Brasil, em vez de ver uma atriz pelada, ficou com as lindas costas peludas do Tony em foco (risos) — lembra Maitê, ressaltando o cuidado do colega em preservá-la.
Natália reforça o esmero:
— Quando você contracena com Tony, há tanto respeito... Se ele percebe uma zona escura, trata logo de acabar com aquilo, de te deixar à vontade.
Já Savala ressalta o bom humor do colega também em cenas românticas:
— Em “Pai herói”, ele brincava: “Ó, não vamos ter cena de beijo depois do almoço. Então, podemos pedir bife acebolado”.
O ator sublinha: “o beijo da ficção é sempre técnico”.
— Jamais beijei uma colega como beijo dona Lidiane (sua mulher). Beijo com a boca aberta, mas “sem limpar o salão”. Quando tudo está editado e vai ao ar, nasce a magia da minha profissão.
Você sabia...
... que o diretor Roberto Talma usava as cenas de amor de “Pai herói” para driblar a censura? “Em algumas, eu beijava o Tony até o umbigo. O censor ficava tão chocado que deixava passar o texto”, conta Elizabeth Savala.
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